Se você abrir a página de pesquisa do Google hoje, verá um vídeo muito emocionante em homenagem aos 25 anos da queda do Muro de Berlim. No dia 9 de novembro de 1989, as cenas retratadas por fotógrafos e jornalistas, que mostravam milhares de alemães com martelos e marretas quebrando o muro que dividia a Alemanha em "duas prisões a céu aberto", simbolizavam um momento histórico: o fim da Guerra Fria. Em especial de 25 anos após a queda, selecionei algumas curiosidades e fotos da comemoração. Confira:
09/11/1989 - Queda do Muro de Berlim - © dpa - Bildarchiv
O Muro de Berlim (também conhecido como Cortina de Ferro) não era somente um muro que dividia a Alemanha em República Federal Alemã (Ocidental) e República Democrática Alemã (Oriental). Era um muro que simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: capitalista e socialista. A Guerra Fria, como nossos professores de história costumam ou costumavam dizer, foi "a guerra que não estourou". Tudo era um jogo de poder e os principais jogadores, todos já sabem quem eram: EUA e URSS.
Levantado no dia 13 de agosto de 1961 (de um dia para o outro) a mando do governo soviético para impedir a fuga de alemães para o lado ocidental, o muro não representou somente uma divisão ideológica. Representou muita dor e sofrimento para milhares de famílias que foram separadas. Com 156 km de extensão, o muro continha cerca de 300 torres militares e era protegido por cercas eletrificadas e cães policiais. Não se sabem ao certo quantas pessoas morreram tentando atravessá-lo, mas estima-se que mais de 130 alemães foram assassinados.
Em 1989, o cenário internacional apresentava o colapso da URSS e, consequentemente, o fim da divisão das Alemanhas. No entanto, um outro episódio histórico que contribuiu para a queda do muro (e que ficou esquecido) foi o "Piquenique Pan Europeu", promovido pela Áustria e pela Hungria em agosto de 1989. O evento (regado a vinho e cerveja) não só buscou testar os limites do governo de Gorbachev, como permitiu uma fuga em massa de alemães do lado oriental para o outro lado da Cortina de Ferro.
Piquenique Pan Europeu
Então, no dia 9 de novembro de 1989, na tentativa de controlar as manifestações que aconteciam pela unificação da Alemanha, o presidente Egon Krenz da RDA (que sucedeu o governo de Honecker) convocou uma coletiva de imprensa com o porta-voz do governo que, por um equívoco, anunciou que qualquer cidadão poderia atravessar o muro sem a necessidade de autorização prévia naquele momento (sendo que, na verdade, passaria a valer a partir do dia 10 de novembro). Resultado: milhões de alemães levaram à queda a Cortina de Ferro.
Momento da queda do Muro de Berlim
Após a queda, partes do Muro de Berlim foram doadas pelo governo alemão como obras de arte e outras foram vendidas para colecionadores. De acordo com a "The Guardian", é possível encontrar mais partes do muro fora da Alemanha do que na própria cidade de Berlim. Veja abaixo fotos de partes do muro sendo expostas em diferentes lugares:
Pedaço do Muro de Berlim em Paris (França) / Charles Platiau
Três partes do Muro de Berlim em Madrid (Espanha) / Jean-Pierre Muller
Cinco partes do muro em Nova York (Estados Unidos)
Parte do muro em Moscou (Rússia)
Beijo de Honecker e Breznev/ Muro de Berlim (pós-queda) se tornou uma galeria de arte
E após 25 anos da queda da Cortina, a prefeitura de Berlim recriou o muro instalando 8 mil balões iluminados para celebrar a data:
Depois dessa breve aulinha de história (e dessas imagens maravilhosas), deixo vocês com o vídeo Litchgrenze (A Fronteira de Luzes), dirigido por Marc Bauder, que mostra o projeto de recriação do Muro de Berlim com os balões iluminados:
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